terça-feira, 6 de agosto de 2024

Essa semana a Comic House estará...


Querida família Comic House, estaremos nos dias 06 a 09 de agosto de 2024, no horário de 8h às 18h30, no IFPB - Campus João Pessoa, no bairro de Jaguaribe.  

Em nossa itinerância, vamos levar vários formatinhos da DCcomics e Marvel, muitas minisséries completas,  edições encadernadas, quadrinhos autorais de grandes nomes da HQ nacional e estrangeira e lançamentos imperdíveis da editora Risco, Tai e Tábula.

Curioso para saber algumas delas? Então, continue lendo e segure seu coração


Contos dos Orixás
 se passa em um tempo antigo, quando o céu e a terra estavam unidos como duas metades de uma cabaça, divindades e heróis caminharam entre os homens. Travaram batalhas com furor, ensinaram a curar e lidar com a terra, o ferro e o fogo, reinaram e amaram com a mesma intensidade. Alguns desceram do luminoso Orum para lá viverem e realizarem seus destinos, enquanto outros nasceram no Aiyê e, pelos grandes feitos se tornaram Orixás, marcando para sempre a história de dois continentes.

Uma obra-prima erótica de MagnusAs 110 Pílulas é uma reinterpretação audaciosa do clássico erótico chinês Jin Ping Mei, lançando luz sobre a saga de Hsi-Men Ching, um farmacêutico abastado que se vê enredado em uma trama de paixão, poder e desespero ao receber um afrodisíaco poderoso de um monge ancião. As interações com suas seis esposas, marcadas por uma atração magnética e conflitos crescentes, especialmente com a resoluta Madame Lua, delineiam um panorama intrincado de amor, desejo e a inevitabilidade da perdição humana. A narrativa, destacando a maestria artística de Magnus, revela uma saga erótica que oscila entre o sublime e o profano, proporcionando uma leitura estimulante e visualmente arrebatadora.

Suspiria, a manifestação onipresente do medo e desespero, vagueia pela Terra desde o alvorecer dos tempos, punindo almas inertes diante do próprio destino. Nesta edição, somos levados ao coração sombrio do universo Suspiriano, onde o legado de H.P. Lovecraft se entrelaça em uma dança macabra de desespero e redenção. Com a Santa Morte e as irmãs de Suspiria ao lado, exploramos a história não contada do exílio de Lúcifer, uma jornada que ressoará através da eternidade.
Cada traço de Luca Laca e Andrea Bulgarelli aprofunda a narrativa, criando uma tapeçaria visual sombria e envolvente.
 
Uma bomba que mata apenas adultos é detonada e agora o mundo está entregue às crianças. Nesta estranha distopia criada por Carlos Trillo e Horacio Altuna, acompanhamos a história de um grupo de jovens lutando não apenas para sobreviver, mas também para compreender o mundo sem ninguém para guiá-los.
Lançada originalmente em capítulos entre junho de 1982 e junho de 1983 na revista espanhola 1984, O Último Recreio nos coloca questões assustadoramente atuais. Guerra, doença, desamparo. A genialidade de Trillo e o traço cruel de Altuna nos dá a universalidade e atemporalidade destas questões e muitas outras nesta obra obrigatória para o leitor de quadrinhos.

Em 1897, o público descobriu nas páginas de um romance epistolar escrito por Bram Stoker o extraordinário personagem de Drácula, um ser imortal que se alimenta do sangue dos vivos para transformá-los em criaturas malignas.
Se Stoker não inventou a figura do vampiro, foi quem a definiu, tornando o Conde Drácula um ícone que inspirou gerações de autores. E embora o romance não tenha sido um best-seller imediato, teve um eco mundial através de adaptações cinematográficas que se tornaram tão cult quanto a obra original.
Para a graphic novel, Georges Bess transcreve a alma do romance de maneira fidedigna. Com traços firmes e carregados de tinta, Bess usa do preto e branco para criar cenários sombrios e personagens densos. Drácula é uma obra virtuosa que demonstra, mais uma vez, que Bess é inquestionavelmente um dos gigantes dos quadrinhos contemporâneos.
Drácula de Georges Bess da Risco Editora segue a Édition Définitive, recentemente lançada na França pela editora Glénat, que inclui uma adaptação original de O hóspede de Drácula – conto publicado muitos anos após a morte de Bram Stoker – com 15 páginas extras.

'A Comédia de Jack Davis', uma coletânea que celebra o humor audacioso e criativo de Jack Davis durante sua jornada na revista Cracked.
Este volume nostálgico revive um período fascinante da história da arte sequencial, marcado pelo talento inegável de Davis, um dos pilares fundadores da revista Mad. A edição resgata seu envolvimento prolífico com a Cracked Magazine, a rival honrosa da Mad nos Estados Unidos, durante as décadas de 1950 e 1960. Com introdução apurada de Bhob Stewart e reflexões finais de Mort Todd, esta obra não apenas homenageia o gênio cômico de Davis, mas também ressalta a riqueza cultural da época.
Uma curiosidade intrigante é a transição de Mad para Cracked, evidenciando uma competição amigável e criativa que apenas enriqueceu o universo do humor gráfico.

segunda-feira, 5 de agosto de 2024

O retorno do cangaceiro cyberpunk

 


Publicada em 2018, a HQ Cangaço Overdrive, do quadrinista cearense, Zé Wellington, trouxe uma bem vinda mistura de gêneros, ao apresentar uma história que envolve o cangaço e cyberpunk. Passados seis anos, somos agraciados com a sequência Cangaço Overdrive 2: Além das raízes, onde iremos acompanhar a jornada do lendário cangaceiro Cotiara, que revivido num futuro distópico, busca vingança contra aqueles que lhe tiraram o direito de morrer. Seu destino é São Paulo, a maior metrópole do país, onde os caminhos do cangaceiro serão cruzados com um grupo de ativistas que luta contra os violentos despejos das ocupações urbanas na grande cidade. Enquanto isso, lembranças do seu início no cangaço despertam novamente os maiores medos de Cotiara. Estaria o cangaceiro pronto para confrontar suas memórias e mudar o futuro do seu novo mundo?

Cangaço Overdrive 2: Além das raízes, página 8

Tal como a obra anterior,  Cangaço Overdrive 2: Além das raízes, contínua publicada pela editora Jambô, que por sua vez colocou no Catarse (catarse.me/cangaco), plataforma de financiamento coletivo, para que a obra seja viabilizada financeiramente por meio da contribuição de colaboradores que devem escolher entre o valor e recompensa que mais lhe convir.

Título: Cangaço Overdrive 2: Além das Raizes
Roteiro: Zé Wellington
Desenhos de Rafael Dantas (Mandacaru Vermelho, Lâmina Azulada) e Rodrigo Matos (Arquivos secretos da Segunda Guerra Mundial) e cores de PH Gomes
Formato: 17cm x 24cm - Páginas: 72 (coloridas)

Para contribuir: Catarse


Revelando as Cores de "A Garota Dinamarquesa" Por Rita Barbosa


Hoje vamos conversar sobre "A Garota Dinamarquesa", um filme que não apenas pinta uma imagem vívida do amor e da identidade, mas também mergulha profundamente nas complexidades da transformação, tanto pessoal quanto artística.

Dirigido por Tom Hooper (Os miseráveis e O Dicurso do Rei), o filme é inspirado nas vidas reais dos artistas dinamarqueses Einar Wegener, que se torna um dos primeiros conhecidos a receber cirurgia de confirmação de gênero, transformando-se em Lili Elbe, e sua esposa Gerda Wegener.

A mágica começa de forma bastante sutil — Gerda, interpretada pela incrível Alicia Vikander pede ao marido Einar (Eddie Redmayne) para vestir um traje de bailarina para um quadro. Esse momento, embora simples, desencadeia uma transformação profunda para Einar, revelando gradualmente a persona de Lili.

Lili Elbe, em 1926 / Crédito: Wikimedia Commons

Pode-se pensar inicialmente que o filme trata de cross-dressing, especialmente com o cenário dos anos 1920, mas é muito mais profundo. Ele explora identidade e a jornada em direção à realização do verdadeiro eu. Eddie Redmayne retrata as emoções complexas de Lili com tanta delicadeza, mas na minha humilde opinião, é Gerda quem roubou o coração do espectador. Vikander retrata um espectro de emoções – desde o apoio incondicional até uma sensação de perda de cortar o coração, nos mostrando o outro lado de uma transformação tão profunda.

A cinematografia e os cenários são um verdadeiro banquete visual, lembrando os estilos exuberantes de art déco e nouveau que foram significativos durante os anos 1920. Cada quadro é como uma pintura, enriquecido com profundidade emocional.

O que posso dizer? Em sua essência, "A Garota Dinamarquesa" é uma exploração comovente do amor, arte e identidade. É uma narrativa envolta em visuais delicados, com performances que tornam a jornada dos personagens profundamente pessoal e universalmente ressonante. Se você está afim de um filme que mistura expressão artística com uma narrativa emocionante, esta é uma escolha delicada, mas poderosa. Pegue alguns lenços, acredito que você irá precisar deles!

Título
: A garota dinarmaquesa
Inglaterra, 2015
DireçãoTom Hooper
Roteiro: Lucinda Coxon
Elenco:Eddie Redmayne, Alicia Vikander, Ben Whishaw, Matthias Schoenaerts, Ben Whishaw, Amber Heard, Sebastian Koch, Emerald Fennell e Adrian Schiller.