Escrever sobre “Calvin e Haroldo” é certamente como falar de pão francês, ou seja algo que todos conhecem e gostam de formas diferentes.
Em 1985, o quadrinista, Bill Watterson, criou uma dupla protagonizada por uma criança que foi batizada de Calvin e um tigre batizado de Haroldo. O que poucos sabem é que seus nomes no original Calvin e Hobbes são uma homenagem aos pensadores João Calvino e Thomas Hobbes, e como pensadores foram responsáveis por profundas mudanças na forma de enxergar e refletir sobre as condutas das pessoas e instituições. Seguindo esta perspectiva, os personagens criados por Watterson, não fogem aos seus influenciadores filosóficos, pois suas tiras são repletas de reflexões sobre temas pertinentes à nossa sociedade, e assim abrangendo o amor, amizade, família, ambientalismo e obviamente, a filosofia.
E ao tecer comentários sobre a importância da criação de Watterson é impossível não analisar este interessante estudo de caso bem sucedido, ao termos diante de nós uma tira que foi veiculada durante o período de 18 de novembro de 1985 e durou até 31 de dezembro de 1995, mas que mesmo com uma relativa curta duração alcançou tanto sucesso ao chegar a ter mais 60 milhões de livros vendidos pelo mundo ou até mesmo suas tiras serem publicadas em jornais e ganharem o mundo em outro meio de comunicação que foi responsável pela popularização das tiras.
Em nosso país, Calvin e Haroldo, encontrou sua casa na editora Conrad, a qual com este 18º volume encerra a publicação da dupla dos adoráveis pensadores com uma edição dedicada a apresentar a grandiosidade da obra ao expor um catálogo da exibição das tirinhas de Bill Watterson ocorrida na Biblioteca e Museu de Desenhos Animados Billy Ireland, em 2014, além de uma compilação de autores e quadrinhos que influenciaram sua arte, como Peanuts, Krazy Kat e Flash Gordon. entretanto, a edição não fica por ai, e ainda coloca para nós leitores a exposição de algumas tiras originais, os primeiros trabalhos e destrincha alguns elementos da arte de Watterson, além de uma entrevista exclusiva do autor com Jenny Robb, curador da exibição.
E por fim, ficamos com a certeza de termos um belo presente que enaltece a obra, concede ao leitor uma visão ampla de seus queridos personagens e consolida a jornada de um menino e um tigre que chegaram muito mais longe que imaginavam.
E se gostou do leu, clique aqui e coloque em sua coleção esta edição histórica que pode te conceder o mesmo gosto de um quentinho pão francês no finalzinho da tarde
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