Antes de ir ao Rio de Janeiro para o Rio Comicon, Patrice Killoffer parou em João Pessoa e participou de três dias de eventos. O primeiro deles foi a exposição na Aliança Francesa, no dia 2/11. No dia seguinte, aconteceu o lançamento do livro Quando tem Que Ser, publicado no Brasil pela editora paraibana Marca de Fantasia. Por fim, no dia 4/11, Killoffer despediu-se da capital paraibana com uma conferência, que aconteceu no Zarinha Centro de Cultura.
Killoffer apresontou seu trabalho, falou de sua produção de quadrinhos e trabalhos publicitários realizados para diferentes empresas, inclusive para a Eurostar, empresa de trem que tem a viagem Londres - Paris como a mais famosa da empresa.
Brincalhão, Killoffer mostrou diversas imagens publicitárias que fez mas não foram aceitas pelas empresas, seguidas das que foram aceitas. Também mostrou cenas de outras obras em quadrinhos, desenhos que fez para exposições e falou um pouco de sua vida e dos acontecimentos que influenciaram suas escolhas profissionais. Nos contou sobre o livro Killoffer de Bolso, que foi feito por um amigo, como uma brincadeira, e muitos acreditam ser dele.
Apesar de retratar situações de sua família em seus trabalhos, como em Roupa Suja em Família, uma das histórias de Quando Tem Que Ser, Killoffer não acredita que os quadrinhos funcionem como terapia ou cura para traumas passados, mas que as histórias precisam ser contadas ainda assim, por mais difícil que seja expor os sentimentos. Quando indagado se já enfrentou problemas por retratar relacionamentos com amigos e familiares, Killoffer disse inicialmente que não. Então, lembrou-se de uma namorada finlandesa, que não aprovou algumas situações retratadas e citou que nunca mostrou Roupa Suja em Família para sua mãe, por falar justamente dela.
Killoffer respondeu perguntas sobre o cenário atual da HQ européia e confessou que está em crise, pois os novos talentos são grandes desenhistas, mas lhes falta ter o que contar. Ele acredita que nos próximos anos esta situação deve se alterar, já que isso aconteceu anteriormente. Na década de 1970, por exemplo, apareceram grandes talentos tanto no roteiro quanto no desenho, o que levou o mercado de HQs ao ápice.
Foto de Henrique Magalhães. |
O quadrinista francês já teve trabalhos publicados nos jornais Le Monde e El País, não lê webcomics e prefere HQs de ficção às jornalísticas, por achar que o meio não garante a formalidade de que o jornalismo necessita. Seu trabalho mais recente é a série de publicações diárias Killoffer em... nas quais mostra aventuras e desventuras de seu cotidiano e vida profissional.
Killoffer terminou a conferência com uma breve rodada de autógrafos e animadas canções francesas. Veja abaixo algumas das imagens exibidas na palestra e ouça um pedaço da conversa com o autor.
Killoffer canta animadamente no final de sua palestra. Foto de Henrique Magalhães. |
Leia mais sobre a exposição na Aliança Francesa.
Leia mais sobre a noite de autógrafos na Comic House.
Leia a resenha crítica de Quando Tem Que Ser, feita por Henrique Magalhães.
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