Dizem que o rei do rock era apaixonado por quadrinhos e, numa época em que tanto seu rebolado quanto os gibis eram considerados perigosos e ofensivos, ele se divertia com tirinhas e fazia sua música mais pelo prazer de estar com o público do que qualquer outra coisa.
Elvis não é produzido por apenas uma ou duas pessoas. Kleist e Titus juntaram pequenas histórias de diversos artistas da Alemanha sobre o astro neste belo livro biográfico. Nada mais justo do que uma biografia em quadrinhos para alguém que os adorava quando vivo. Me surpreendo que este livro seja alemão, e não americano.
Cada uma das histórias retrata um momento da vida e da carreira de Elvis. De Tupelo para Memphis, de Søren Mosdal, começa com o nascimento de Elvis Aaron Presley e seu natimorto irmão gêmeo Jesse e discorre pela infância do garoto, que apanhava na escola, aprendeu a cantar na igreja e ganhou um violão quando queria uma pistola de pressão com cores vivas em fundos acinzentados e olhos grandes, bem marcados.
"Diferente dos outros", de Nic Klein, mostra o jovem Elvis em busca do sucesso e de ajuda financeira para a mãe, Grace, seduzindo corações das moças nas praças com seu violão, em traços que lembram aquarela e cores amarronzadas.
O Colonel, de Thomas von Kummant, mostra o cantor já famoso, conquistando fãs e antipatias como o garoto branco que canta como negro e um rebolado que poderia lhe render uma prisão. Neste capítulo, Elvis já comprou Graceland, a casa de sua mãe, e é convocado para o exército, tarefa que aceita com prazer, para dar exemplo a outros jovens americanos. Os traços de Kummant são bem mais realistas e as cores, mais vivas que as de Klein.
G.I. Blues, de Reinhard Kleist, retrata, principalmente a ida de Presley para o exército e a morte de Grace. O cantor, devotamente apaixonado pela mãe, não se recupera completamente da situação.
Elvis is Back, de Isabel Kreitz, fala da volta do cantor para os Estados Unidos, sua paixão por Priscilla e sua maior preocupação: seus fãs esperaram por ele? Aqui começa, também, o vício em anfetaminas. Uma pílula lhe é dada pelo médico, por causa de uma queda após um show.
O Produto Elvis, de Reinhard Kleist, mostra um Elvis teimoso, contrariado. Reclama que seu produtor lhe "vende como um macaco". Ele, por sua vez, alerta para a decadência iminente do astro. Tudo que Elvis quer, no entanto, é manter seus amigos por perto e satisfazer seus fãs.
Os capítulos seguintes, listados a seguir, mostram a decadência do cantor, os problemas do casamento, sua casa sempre cheia de amigos nos quais, no entanto, não se poderia confiar plenamente e o vício cada vez mais arraigado nas drogas.
Como o livro é todo marcado por músicas de Elvis ou cantadas por ele, em pouco tempo o leitor já está com as músicas tocando na cabeça enquanto lê. O capítulo final é marcado pela música Amazing Grace, "tocada" na voz de Elvis, o que o torna ainda mais emocionante.
Capítulos e autores:
De Tupelo para Memphis (1935-1949), Søren Mosdal
"Diferente dos outros" (1950-1954), Nic Klein
O Colonel (1955-1957), Thomas von Kummant
G.I. Blues (1958), Reinhard Kleist
Elvis is Back (1959-1960), Isabel Kreitz
O Produto Elvis (1960-1967), Reinhard Kleist
A Máfia de Memphis, Michael Meier
Separate Ways (1972), Tim Dinter
Aloha from Hawaii (1973-1977), Uli Oesterle
I did it my way... (1977), Frank Schmolke
Elvis, organizado por Reinhard Kleist e Titus Ackermann
Publicado em 2010 pela editora 8inverso
Brochura.
127 páginas.
Formato: 24 x 17,6 cm
R$ 63,00
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